Falando de África

Na atualidade, se faz necessário que a comunidade gaúcha e brasileira conheça o contexto histórico sobre o Continente Africano. Uma história que foi escondida da nossa sociedade, por causa de um passado escravista, mas graças à conscientização política em que nos encontramos, o Brasil está revendo suas origens e reescrevendo a história dos povos que formaram esta, que é a melhor nação do Mundo.

Assim, reuni meus artigos para uma contribuição cultural a nossa sociedade, trazendo relatos históricos, geográficos, culturais, econômicos, políticos e religiosos da África, no livro Falando de África.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

África até quando?







sexta-feira, 11 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Bons filmes sobre a África

Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra.


- Lágrimas do Sol

- Falcão Negro em perigo


- Diamante de Sangue


- Amor sem fronteiras


- O último Rei da Escócia


- Invictus


- Darfur


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Kadafi foi morto ou capturado




O governo americano afirmou nesta quinta-feira que tenta confirmar informações de que Muamar Kadafi, o líder deposto da Líbia, foi morto ou capturado durante a queda de Sirte, sua cidade natal. A porta-voz Victoria Nuland disse que o Departamento de Estado ainda não foi capaz de confirmar as informações sobre Kadafi.
A informação de que o coronel Kadafi foi capturado foi dada por Mohamed Leith, comandante do Conselho Nacional de Transição (CNT). "Ele foi capturado em sua cidade natal, Sirte. Está muito ferido, mas ainda está respirando." Segundo ele, o líder deposto estava vestindo um uniforme cáqui e um turbante.
O Conselho Militar de Misrata, uma das várias forças de comando revolucionárias, afirmou por sua fez que seus combatentes capturaram o líder deposto. Abdel-Basit Haroun, outro comandante, disse que Kadafi foi morto quando um ataque aéreo atingiu o comboio em que ele tentava fugir, enquanto a TV Al-Jazira disse que ele teria morrido após ter sido ferido em confrontos em Sirte.Posteriormente, Abdullah Razad, que representa Trípoli no CNT, disse a um serviço de informação da Rússia: "Confirmei há alguDepois da batalha, os soldados do CNT começaram a vasculhar casas e prédios em busca de partidários escondidos. Pelo menos 16 homens pró-Kadafi foram capturados, assim como várias armas e munições.

Tiros foram disparados para o alto em celebração à queda de Sirte, que acontece quase dois meses após as forças do CNT terem controlado Trípoli. O CNT tinha afirmado que quando obtivesse o controle de Sirte, seria possível dizer que todo o país estava “livre”.
Não está claro se os partidários de Kadafi que conseguiram escapar tentarão reorganizar a resistência utilizando as armas que o governo do líder deposto teria escondido em áreas remotas do deserto no sul do país.ns minutos que ele foi morto. É isso. Qual outra confirmação você precisa?"
Bombardeio da Otan

As informações, porém, ainda não puderam ser confirmadas de forma independente. Algumas autoridades líbias e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) afirmaram que não podem confirmar os relatos. O porta-voz do governo de transição líbio, Jalal al-Gallal, e seu porta-voz Abdul-Rahman Busin disseram que as informações não podem ser confirmadas. Uma autoridade da Otan também afirmou que a Aliança Atlântica ainda não tem como confirmá-las de forma independente. 
Apesar disso, a organização militar afirmou que bombardeou dois veículos militares pró-Kadafi nos arredores de Sirte. "Aproximadamente às 8h30 locais, a Otan bombardeou dois veículos pró-Kadafi que faziam parte de um grupo maior manobrando perto de Sirte", disse o porta-voz Roland Lavoie em uma declaração.
O Ministério de Defesa do Reino Unido afirmou que ainda não se sabe se Kadafi estava no comboio. "Foi atingido após informações de que eram as últimas forças pró-Kadafi deixando Sirte", disse um porta-voz. 
Informações prévias de morte ou captura de membros de Kadafi provaram estar incorretos posteriormente.
Kadafi estava foragido desde que as forças do governo interino tomaram o controle da capital líbia, Trípoli, no fim de agosto. O CNT também anunciou a morte de Aboubakr Younès Jaber, ministro da Defesa da era Kadafi.
Os anúncios das supostas captura ou morte de Kadafi foram dados na TV estatal líbia pouco depois de as forças do governo interino da Líbia terem dito que conseguiram tomar o controle de Sirte, um dos últimos bastiões de seus partidários.
“Sirte foi liberada”, afirmou o coronel Yunus Al Abdali, chefe de operações na parte oriental da cidade. “Os combates continuam porque estamos caçando os partidários de Kadafi, que fugiram.” 
Segundo a agência AP, jornalistas assistiram ao ataque final na cidade, que começou por volta das 8h (horário local) e durou cerca de 90 minutos. Pouco antes, cinco carros lotados de partidários de Kadafi tentaram deixar a cidade, mas foram recebidos com tiros pelas forças do governo interino. Pelo menos 20 teriam morrido.

Depois da batalha, os soldados do CNT começaram a vasculhar casas e prédios em busca de partidários escondidos. Pelo menos 16 homens pró-Kadafi foram capturados, assim como várias armas e munições.
Tiros foram disparados para o alto em celebração à queda de Sirte, que acontece quase dois meses após as forças do CNT terem controlado Trípoli. O CNT tinha afirmado que quando obtivesse o controle de Sirte, seria possível dizer que todo o país estava “livre”.
Não está claro se os partidários de Kadafi que conseguiram escapar tentarão reorganizar a resistência utilizando as armas que o governo do líder deposto teria escondido em áreas remotas do deserto no sul do país.
Fonte: Ultimo segundo

sábado, 1 de outubro de 2011

Angola


Os Povos e os seus Dialetos
A grande maioria dos 11.000.000 habitantes que formam a população de Angola, são de origem Bantu. No entanto, outra considerável parte é formada por misturas que começaram muito cedo: primeiramente. entre os diversos grupos que migraram para o território e depois com Europeus (na grande maioria Portugueses) durante a colonização. Existem ainda algumas minorias que não são Bantu, como os Bochimane e um considerável número de Europeus. Há 3000 ou talvez 4000 anos atrás, os Bantu sairam da selva equatorial (a região que é hoje ocupada pelos Camarões e pela Nigéria) e dividiram-se em dois movimentos diferentes: para o Sul e para Este criando a maior migração jamais vista na áfrica. De causa desconhecida, esta migração continuou até ao século XIX. A selva equatorial era uma área de passagem impossível. Só o machado ou o cutelo, a rápida e nutritiva produção de banana e o inhame possibilitaram uma façanha que durou séculos. O excelente nível de nutrição deu lugar a uma invulgar explosão demográfica. A exuberância da selva equatorial, os rios e lagos das grandes savanas, tão bons para a agricultura e a descoberta do ferro - um mineral muito comum na áfrica - deram força à grande aventura. Caminhando sempre em direcção ao Sul. estes vigorosos, armados, organizados e jovens povos, venceram e fizeram escravos os indefesos pigmeus e os Bochimane.
O nome Bantu não se refere a uma unidade racial. A sua formação e migração originou uma enorme variedade de cruzamentos. Existem aproximadamente 500 povos Bantu. Assim, não podemos falar de uma raça Bantu, mas sim de povo Bantu, isto significa uma comunidade cultural com uma civilização comum e linguagens similares. Depois de muitos séculos de movimentações, cruzamentos, guerras e doenças, os grupos Bantu mantiveram as raízes da sua origem comum. A palavra Bantu aplica-se a uma civilização que manteve a sua unidade e foi desenvolvida por pessoas de raça negra. O radical ntu, vulgar para a maioria das línguas Bantu, significa homem, ser humano e ba é o plural. Assim, Bantu significa homens, seres humanos. Os dialectos Bantu, e existem centenas, têm uma tal semelhança que só pode ser justificada por uma origem comum. Os povos Bantu, além do semelhante nível linguístico, mantiveram uma base de crenças, rituais e costumes muito similares; uma cultura com características idênticas e específicas que os tornam semelhantes e agrupados.
Fora da sua identidade social, são caracterizados por uma tecnologia variada, uma escultura de grande originalidade estilística, uma incrível sabedoria empírica e um discurso forte e interessante com sinais de expressão intelectual. As línguas faladas hoje em Angola, são por ordem de antiguidade: Bochiman, Bantu e Português. Das três só o Português tem uma forma escrita. Os dialectos Bantu, apresentam uma unidade genealógica. Homburger, um eminente estudioso do Bantu diz que o primeiro ponto obtido no domínio da linguística comparada foi a unidade dos povos Bantu. Também diz, tendo em conta a história desta unidade, que os primeiros descobridores Portugueses viram que os Angolanos conseguiam comunicar com os povos da costa Moçambicana. Os Bantu Angolanos estão divididos em 9 grupos etnolinguísticos: Quicongo, Quimbundo, Luanda-Quioco (Tchôkwe), Mbundo, Ganguela, Nhaneca-Humbe, Ambó, Herero e Xindonga, que por seu turno estão subdivididos em cerca de 100 subgrupos, tradicionalmente chamadas tribos.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pai Nilsom de Oxum

Pai Nilsom de Oxum, em meio a natureza, junto de sua Orixá e os amigos Frederico e Denise, ambos de Guiné Bissau.





quinta-feira, 1 de setembro de 2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Getúlio Vargas

Uma simples homenagem, pela passagem da data de sua morte. Homenagem ao Presidente que lutou até o fim pelo bem estar da nação brasileira!!!

Abaixo sua carta testamento
Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.
Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.
Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.
Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.
E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.

sábado, 13 de agosto de 2011

A Religiosidade Afro-descendente do Município de Viamão


Viamão, município localizado na região metropolitana de Porto Alegre, foi palco do evento Raízes, realizado no mês de novembro de 2007, para o qual fui convidado para falar sobre a religiosidade afro-descendente da comunidade viamonense . Um trabalho que muito me agradou, pois passei grande parte da minha vida em Viamão, onde ainda vivi o meu pai, Nilsom da Oxum, minha mãe, Graça, e meus irmãos, Tiago, Gabriela e Natália.
Inicialmente, antes de falar sobre a religião foi necessário recorrer a alguns dados estatísticos, para compreender a importância das religiões afro-descendentes em Viamão.
O município de Viamão possui uma área de 1.493 Km², com uma população, segundo o IBGE, de 226.669 pessoas, sendo que 210.873 residentes na área urbana e somente 15,796 na área rural, de Viamão.
Cruzando os dados do IBGE e os da CEDRAB (Congregação em defesa da Religião Afro-brasileira ), que segundo levantamento do ano de 2003, contou 4.000 casas de religiões afro-descendentes em Viamão, e considerando que em média cada casa possua 30 adeptos, chegamos ao numero de 120.000 praticantes, o que representa 53% da população viamonense, em números ultrapassando o município de Alvorada, que possui 114.000 praticantes, e é considerado o município com o maior numero de adeptos de religiões afro-descendentes do Brasil. Viamão só perde para Alvorada no percentual da sua população, pois em Alvorada é 62% o de religiosos.
Diferente do que foi levantado pelo IBGE, que apontou apenas 1% da população do município de Viamão, como praticante de religiões afro-brasileiras. Sendo que na pesquisa do Censo de 2000, para o IBGE, religiões afro-brasileiras são apenas a Umbanda e o Candomblé, o que foge da realidade de Viamão, assim como do próprio Rio Grande do Sul, pois além da Umbanda e do Candomblé, que chega a ser insignificante numericamente, temos outras religiões, que representam um peso numérico imenso, são elas: Quimbanda, Cabinda, Jêje, Ijexá, Jêje-jexa e Oyó. Religiosidade que pode ser apreciada no meu livro Falando de África.
Encerrando gostaria de agradecer Prof Vera Barroso, organizadora do Raízes de Viamão, ao Prefeito Alex Boscaine, que tem feito grande esforço na área educacional e cultural de Viamão, pela oportunidade de trabalhar junto a comunidade religiosa do município, o que me proporcionou conhecer e reencontrar viamonenses valorosos.  E pedir pela proteção, dos deuses e divindades das religiões afro-descendentes, Orixás, Exus, Caboclos e Pretos Velhos, para a comunidade de Viamão, que tem sofrido de mais com a perseguição religiosa de evangélicos, que por desconhecimento atacam as religiões afro-descendentes. 

Referências

CUNHA, Mateus. Falando de África. Porto Alegre: Suliani, 2007.

Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, Vol XXXIV –RS, de P a Z. Rio de Janeiro: IBGE, 1959.

SANTOS, Adonis dos. Viamão. Porto Alegre: Editado pela Gráfica Rogilma, 1962.

- CEDRAB ( Congregação em defesa da Religião Afro-brasileira ) – Mãe Norinha

Tel: (51)  32.47.10.67

- IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 

- FEE/RS (Fundação de Economia e Estatistica do Rio Grande do Sul)

A NAÇÃO DE OYÓ E SEUS ORIXÁS (resumo)

Lutando contra os preconceitos, ainda existentes no Brasil, buscou-se um entendimento sobre a Nação de Oyó e seus deuses, os orixás, religião afro-brasileira de linha tradicional que possui atualmente um reduzido número de adeptos no Rio Grande do Sul, com suas raízes na região africana de língua yorubá, onde hoje, localiza-se os Estados do Togo, Benin e Nigéria. Como fonte, foi utilizada principalmente a oralidade de uma casa de Oyó, na região metropolitana de Porto Alegre. Comandada pelo Babalorixá Nilsom da Oxum, filho de Aracy do Odé (1878 - V2001), neto de Emília de Oiá-Lajá, que no final do século XIX, trouxe o Oyó da cidade de Rio Grande para Porto Alegre. Assim através das palavras, do Babalorixá Nilsom da Oxum, buscou-se desmistificar esta religião afro-brasileira, os seus Orixás cultuados e as relações sincréticas com o catolicismo. Poder conhecer as diferentes crenças e o papel da religião em cada cultura é fundamental para compreender a história da humanidade, vencer medos e preconceitos e estabelecer uma convivência tolerante e pacífica entre os povos.

Palavras-chave: oyó, orixás, religiões afro-brasileiras.