Falando de África

Na atualidade, se faz necessário que a comunidade gaúcha e brasileira conheça o contexto histórico sobre o Continente Africano. Uma história que foi escondida da nossa sociedade, por causa de um passado escravista, mas graças à conscientização política em que nos encontramos, o Brasil está revendo suas origens e reescrevendo a história dos povos que formaram esta, que é a melhor nação do Mundo.

Assim, reuni meus artigos para uma contribuição cultural a nossa sociedade, trazendo relatos históricos, geográficos, culturais, econômicos, políticos e religiosos da África, no livro Falando de África.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Mandela 1918-2013






"A morte é inevitável.
Quando um homem
fez o que considera seu
dever para com seu
povo e seu país, pode
descansar em paz."
Nelson Mandela

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Sudão


Essa não é apenas uma das fotos mais famosas de todos os tempos, vencedora do Pulitzer Prize, como também uma das mais polêmicas que já existiram. Registrada no Sudão pelo fotógrafo sul-africano Kevin Carter, mostra uma garotinha sofrendo de extrema fome, enquanto um urubu aguarda sua morte.

A polêmica gira em torno do fato do fotógrafo supostamente ter esperado 20 minutos para tira a foto,
 na esperança que a ave abrisse as asas, gerando um visual mais impactante, para só depois ajudar a criança. Alguns jornais na época disseram que o verdadeiro urubu era o fotógrafo, que arrumava lentes ao invés de ajudar uma criança faminta.

O fotógrafo português João Silva, que estava junto com Carter na hora do registro, conta outra versão dos fatos, afirmando os pais da criança já estavam recebendo mantimentos de uma missão da ONU, a alguns metros do local da foto, e que Carter tirou apenas algumas fotos e em seguida espantou o urubu.

Carter suicidou-se alguns meses depois de ganhar o prêmio por essa fotografia.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Egito



O escritório de direitos humanos das Nações Unidas disse nesta terça-feira (9) estar “alarmado” com o crescimento da crise política no Egito e lamentou o fato que dezenas de pessoas foram mortas e feridas em meio à queda do presidente Mohamed Morsi.
De acordo com o Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH), desde sexta-feira (5) mais de 80 pessoas foram mortas e mais de mil foram feridas em diversos confrontos pelo país, dentro e fora do complexo da Guarda Republicana.
Cécile Pouilly, a porta-voz do ACNUDH, parabenizou o anúncio feito pelo chefe interino do Estado, afirmando que foi pedida uma investigação do incidente desta segunda-feira (8) – onde aproximadamente 51 pessoas foram mortas e 300 foram feridas. Pouilly disse a jornalistas em Genebra que o inquérito deve ser realizado por um organismo independente e imparcial, e seus resultados devem ser tornados públicos.
Os militares depuseram o presidente Morsi no dia 3 de julho, suspenderam a Constituição e abriram caminho para um governo interino. Desde então, adversários e simpatizantes de Morsi continuam se enfrentando em grandes manifestações, com policiais e forças de segurança aprofundando o cenário de caos.
Nesta segunda-feira (8), a autoridade interina anunciou planos para a formação de um painel para reformar a Constituição: a realização de um referendo sobre mudanças constitucionais e de eleições parlamentares. Os planos foram rejeitados pela Irmandade Muçulmana, grupo político ao qual Morsi pertence.
“Nós pedimos que todas as partes envolvidas realizem um diálogo construtivo e um processo amplo e inclusivo para fazer o país avabçar”, afirmou Pouilly, observando que o ACNUDH continuará acompanhando de perto os desdobramentos do conflito.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Em gafe, Voz do Brasil anuncia a morte de Nelson Mandela

O programa estatal A Voz do Brasil cometeu uma gafe na sua edição desta quarta-feira, anunciando durante o espaço da Câmara a morte de Nelson Mandela.
"Homenagem: morreu nesta quarta-feira o ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela. Ao lamentar o falecimento do líder, Rubens Bueno, do PPS, ressaltou a história política de Mandela. De acordo com Rubens Bueno, Nelson Mandela incentivou o surgimento de grandes líderes negros em todo o planeta. Para o parlamentar, o ex-presidente vai ficar marcado na história mundial como símbolo da igualdade racial", disse o programa.
As últimas informações divulgadas na África do Sul são de que o presidente Jacob Zuma anunciou o cancelamento de uma viagem para Moçambique depois de ter visitado Mandela no hospital. O herói da luta contra o apartheid "continua em estado crítico", de acordo com o mais recente comunicado da Presidência.
"O presidente Zuma foi informado da situação pelos médicos que fazem todo possível para garantir seu bem-estar", acrescenta o texto.
O estado de saúde de Nelson Mandela se agravou durante o final de semana. Ele foi hospitalizado com urgência no dia 8 de junho depois de uma recorrência da infecção pulmonar que o atormenta há dois anos e meio.

domingo, 23 de junho de 2013

Estado de saúde de Mandela é 'crítico'

Ex-presidente sul-africano, de 94 anos, está no hospital desde 8 de junho por causa de uma infecção respiratória recorrente. Esta é a quarta internação do líder desde dezembro.


O estado de saúde do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela se tornou “crítico” neste domingo (23), de acordo com o governo do País. O escritório do presidente Jacob Zuma explicou que o governante visitou o líder, de 94 anos, e foi informado que a condição de Mandela piorou nas últimas 24 horas. Zuma diz em comunicado que os médicos estão "fazendo todo o possível para obter a condição de melhora."

sábado, 18 de maio de 2013

ONU nomeia general brasileiro para comandar Força de Paz na República Democrática do Congo


O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, anunciou nesta sexta-feira (17) a nomeação do general de divisão brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz como comandante da Força militar da Missão das Nações Unidas de Estabilização na República Democrática do Congo (MONUSCO).

Santos Cruz vai substituir o general de divisão indiano Chander Prakash Wadhwa, cujo mandato foi concluído em 31 de março. Ban está agradecido pela dedicação e eficácia em seus dois anos de comando na MONUSCO.
Santos Cruz possui mais de 40 anos de experiência militar nacional e internacional. Antes da nomeação, ele era assessor especial do ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Foi vice-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército de abril de 2011 a março de 2013 e comandante da II Divisão do Exército de 2009 a 2011. O general também foi comandante militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH) de janeiro de 2007 a abril de 2009.
Ele é bacharel em Engenharia Civil pela Universidade Católica de Campinas e graduado na Academia Militar das Agulhas Negras.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Sudão do Sul


ONU alerta para situação em cidade no leste do Sudão do Sul.

Onda de violência, saques e deslocamentos podem estar relacionados com ex-integrantes das forças de segurança. Roubo de alimentos estocados preocupa, especialmente em razão da aproximação da estação chuvosa.




A ONU expressou na terça-feira (14) profunda preocupação com a deterioração da situação em torno da cidade de Pibor, no estado de Jonglei, no Sudão do Sul, incluindo a recente onda de violência, saques e deslocamento, pedindo ao Governo local medidas imediatas contra os autores dos crimes.
A Missão da ONU no Sudão do Sul (UNMISS, na sigla em inglês) está especialmente preocupada com os relatos sobre o envolvimento, em alguns dos incidentes, de “membros supostamente mal disciplinados que desertaram das forças de segurança”, bem como por declarações emitidas pelo grupo armado comandado pelo líder rebelde David Yau Yau que teria exigido a saída de civis da cidade de Pibor, bem como de Kapoeta, no estado de Equatória Oriental.
Além do “deslocamento significativo da população civil de Pibor,” a missão disse em um comunicado que também recebeu relatos de saques generalizados em habitações civis e instalações de organizações humanitárias. O furto de alimentos e outros suprimentos de emergência é de grande preocupação, especialmente em razão da iminente estação chuvosa em Jonglei, segundo a porta-voz da UNMISS, Ariane Quentier.
“Este alimento pré-posicionado será usado nos próximos meses, quando as estradas estarão intransitáveis e quando civis necessitarão de comida para poder sobreviver”, disse Quentier em entrevista à Rádio ONU.
A UNMISS — cujas tropas já estavam patrulhando a cidade de Pibor antes dos saques — reforçou a sua presença e implantou uma unidade militar para proteger os estoques de alimentos. Agentes pacificadores da missão da ONU também são instruídos a auxiliar na proteção da população civil na cidade.

domingo, 14 de abril de 2013

Sudão: ONU amplia ajuda no estado do Nilo Azul, devastado por conflitos


As Nações Unidas conseguiram chegar esta semana a 51 mil pessoas com ajuda alimentar no estado Nilo Azul, no Sudão. Estas são as primeiras entregas em 19 meses na regiãoarruinada por um conflito. No entanto, a ONU alertou que precisa de mais fundos para alimentar todas as pessoas necessitadas.
A primeira rodada de distribuições foi composta de rações de dois meses de alimentos para cerca de 12 mil pessoas em Geissan e 39 mil em Kurmuk, disse o Programa Mundial de Alimentos (PMA) na quinta-feira (11).
A agência da ONU pretende alcançar pessoas de seis localidades antes da estação chuvosa que tem início em maio, mas ainda precisa de cerca de 20 milhões de dólares para assegurar 17 mil toneladas de alimentos para a resposta de emergência.
No que chamou de um “grande avanço”, o PMA anunciou na semana passada que as primeiras rações alimentares da ONU chegaram a atingidos por conflitos na região. Esta seria a primeira vez que a Organização teria alcançado o local desde 2011, quando a remota área rural, perto da fronteira com o Sudão do Sul, foi isolada por restrições de segurança e de movimento imposta pelo Governo.
“Enquanto nós continuamos a lutar pelo acesso a todas as áreas, este ainda é um grande avanço que vai nos permitir ajudar aqueles que continuam a ser deslocados pelo conflito ou aqueles que decidiram voltar para suas casas e estão em extrema necessidade de assistência alimentar”, Disse o Diretor do PMA no país, Adnan Khan.
Os combates entre as forças armadas sudanesas e movimentos rebeldes eclodiram no estado vizinho ao Sudão do Sul após este ter se separado no âmbito do Acordo de Paz Global de 2005, que pôs fim a uma guerra civil de décadas. Os combates em no estado do Nilo Azul deixaram dezenas de milhares de pessoas deslocadas e isoladas.

sábado, 30 de março de 2013

Conflito na República Centro-Africana já deslocou 200 mil pessoas, avalia ONU

Pessoas deslocadas internamente na República Centro-Africana. Foto: OCHA/Laura Fultang


A crise na República Centro-Africana (RCA), incluindo a tomada do poder pela coalizão rebelde Séléka, agravou a já difícil situação humanitária no país, avaliou esta semana a agência de ajuda humanitária da ONU. Dezenas de milhares de pessoas correm o risco de passar fome caso a segurança em todo o país não seja restaurada rapidamente.
“A proteção dos civis é de extrema importância”, disse o Coordenador Humanitário da ONU em exercício, Zakaria Maiga.
“Peço a todas as partes para fornecer segurança para o povo em Bangui e em todo o país, abster-se de uma nova escalada de violência e respeitar direito internacional humanitário e os direitos humanos.”
O Séléka invadiu a capital do país, Bangui, no último dia 24 de março, forçando o Presidente François Bozizé a fugir. Os acontecimentos foram condenados tanto pelo Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, quanto pelo Conselho de Segurança, que apelou a todas as partes na RCA para proteger os civis.
Esta é a mais recente onda de combates desde dezembro de 2012, quando a coalizão rebelde lançou uma série de ataques, tomando o controle de grandes cidades.
Desde então, cerca de 173 mil pessoas foram deslocadas dentro do país, enquanto mais de 32 mil fugiram para a República dos Camarões, Chade e República Democrática do Congo (RDC), de acordo com o Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
“Estamos fazendo todo o possível para acelerar as operações humanitárias em todo o país e precisamos de acesso seguro às pessoas necessitadas”, acrescentou Maiga.
Falando de Bangui, Amy Martin, que dirige o OCHA no país, disse que a situação de segurança parece muito melhor, com menos tiros esporádicos e mais pessoas nas ruas.
“Nossa principal preocupação é conseguir que o abastecimento de água volte a funcionar. Fazer funcionar o fornecimento elétrico também é fundamental para ajudar a manter os serviços básicos e o funcionamento dos hospitais”, disse Martin.
A ONU e os seus parceiros estão fornecendo combustível para os hospitais, bem como suprimentos médicos e kits de emergência para atender as necessidades médicas.
Enquanto algumas lojas estão abertas, Martin observou que bancos, escolas e escritórios do governo ainda permanecem fechados.
“As pessoas precisam comprar comida. Eles precisam acessar o seu dinheiro. Eles precisam voltar ao trabalho para que possam conseguir dinheiro para comprar a comida, por isso é um enorme evento em cadeia”, disse ela.
No norte do país, Martin disse que a ONU tem informações fragmentadas com base na presença de organizações não governamentais, pedindo maior proteção e segurança para os civis e para os trabalhadores humanitários.
A ONU transferiu 311 funcionários da própria Organização e de algumas ONGs, mas está mantendo o pessoal internacional e nacional em Bangui para “entregar o que podemos com o que temos disponível e para onde pudermos chegar”.
“Até que tenhamos a segurança nas estradas que nos permita ir de Bangui para o interior do país, vai ser difícil dizer que estamos funcionando totalmente e operando plenamente”, acrescentou.
Os combates com o Séléka é a mais recente crise na RCA, que tem uma história de instabilidade política e conflitos armados recorrentes.
Há atualmente 1,5 milhão de pessoas no país que precisam de assistência e os últimos combates devem aumentar esse número. De acordo com o OCHA, mais de 80 mil pessoas estão em risco de grave escassez de alimentos durante a próxima entressafra, enquanto 13.500 crianças com menos de 5 anos de idade estão em risco de desnutrição aguda grave.
Martin disse que a situação é especialmente preocupante em relação à época agrícola chegando, com os trabalhadores humanitários não conseguindo obter sementes e insumos agrícolas para as comunidades rurais. A insegurança torna “muito difícil garantir que a época de colheita acontecerá e isso é fundamental para o estado nutricional das crianças”, disse.
A ONU e as autoridades em Bangui pediram aos doadores 129 milhões de dólares para financiar a resposta humanitária da RCA para este ano. O OCHA disse que o plano de resposta está passando por uma revisão para ter em conta as necessidades adicionais geradas pela recente crise.